Cecilia tem dois anos e quatro meses. Ainda não ingeriu açúcar ou doces. Por motivos de “não precisa, né?!”. Por motivos de tem uma parte da família super propensa a diabetes, por motivos de a mãe tem resistência à insulina e etc. Essa é nossa escolha, informada, decidida conjuntamente, com aval e apoio do pediatra. Não é universal e nem prego como receita.
Vamos tentar manter assim pelo máximo possível, pra desenvolver quanto pudermos o paladar dela pra outros sabores (pela mesma razão ainda não oferecemos uma pá de outros alimentos).
Por conta dessa postura, nos vimos frenquentemente nas seguintes situações:
1) “Quer um pirulito?”. Alow?! Não se oferece autonomamente comida NENHUMA a uma criança de dois anos, que ainda não tem noção de como responder a essa pergunta. Os pais de uma criança dessa idade estão sempre por perto, dá pra perguntar antes. Mas conta se o povo pergunta? Claro que não.
2) “Tadinha, não come doce?”. Tadinha por quê? Cecilia é bem nutrida, bem alimentada, saudável, come bem, ama frutas – ou seja, ingere frutose. É amada, cuidada. Não sintam pena da falta do açúcar. Mais profundidade, por favor.
3) “Ah, no meu tempo não tinha isso *frescura*”. Que bom, legal, supimpa, super bacana que no seu tempo não tinha isso. Pois hoje tem.
4) “Ah, mas você não acha que?”. Não, não acho. E não pedi opinião.
Disclaimer: sou uma barata, viciada em açúcar. Cecilia me vê comendo doces, e quando isso acontece explico a ela que ainda não pode comer aquilo. Ela sempre me pede pra abrir a boca cheia de chocolate, mas nunca pediu um tablete. Ainda.